Fobia ou Phobia (do grego φόβος,
"medo"), em linguagem comum, é o temor ou aversão exagerada ante
situações, objetos, animais ou lugares.
Sob o ponto de vista clínico, no
âmbito da psicopatologia, as fobias fazem parte do espectro dos transtornos de
ansiedade com a característica especial de só se manifestarem em situações
particulares.
(Fonte: Wikipédia)
Em alguns casos extremos, as
fobias podem ser paralisantes, levando a que as pessoas “congelem” quando
confrontadas com o alvo da sua fobia. A minha fobia não me paralisa, mas dá
sinal de si sempre que me deparo com alturas. Sim, sofro de vertigens... mas a
um nível que costuma espantar muita gente. O simples facto de subir para uma
cadeira é razão para as minhas pernas tremerem como varas verdes e o coração
bater a mil à hora.
E talvez seja esta a grande razão
por detrás do meu pavor de andar de avião. Saber que estou a viajar a muitos
mil pés de altitude é coisinha para me deixar nervosa durante todo o tempo da
viagem... aliás, só me sinto a sossegar no momento em que as rodas do avião tocam
no chão (sim, sou daquelas que era capaz de bater palmas de todas as vezes que
o piloto põe o avião são e salvo no chão!). Nunca fiz viagens muito longas (máximo
de 2h30) e, por isso, não sei como me comportarei num longo percurso. Mas
para estas viagens, que nos últimos três anos têm acontecido numa base mensal,
acabei por adotar algumas técnicas que me ajudam a relaxar um bocadinho.
No início, optei por uma solução
mais química por saber que funciona comigo em situações de ansiedade... tomava
um ansiolítico de dosagem fraquinha cerca de meia hora antes de entrar no
avião. Era o tempo suficiente para o comprimido fazer efeito e eu não fazer
figuras tristes ao ter uma taquicardia na frente do meu chefe! Com o passar do tempo, e
considerando a grande frequência das viagens, achei melhor fazer-me mulher e
deixar o ansiolítico de lado. O hábito de viajar também já começava a instalar
e a solução passou a ser distrair-me com qualquer coisa, principalmente no
momentos que antecedem o take off. Livros
(ou revistas) e música nos ouvidos têm sido os meus grandes aliados nestas
alturas. Os livros porque me obrigam a concentrar no que estou a ler para
perceber a história e a música porque me permite abstrair dos barulhos do avião
e entrar num estado de dormência, quase de nirvana, que quando dou por mim está
a tripulante de cabine a perguntar-me se quero comer. São técnicas muito
simples (não estavam à espera do 4º milagre de Fátima, pois não?) mas que
comigo funcionam muitíssimo bem.
Atualmente, as companhias aéreas
portuguesas já têm programas adequados às pessoas que sofrem de aerofobia (o Ganhar Asas da TAP e o Happy Flyer da SATA) e ainda existe uma empresa que
promove cursos que ensinam a Voar Sem Medo.
Mas não é esta fobia que me vai
impedir de conhecer o mundo... quero visitar muitos países nos quatro cantos do
planeta, nem que para isso tenha de voltar aos químicos em doses industriais!
E vocês, que fobias têm?
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