terça-feira, 31 de março de 2015

A arte de bem vestir #2: formal não significa aborrecido

Como diz o Rui Veloso numa das suas canções, o prometido é devido e, por isso, aqui estou eu para completar o meu pequeno "guia" dos dress codes. Este artigo vai ser um bocadinho mais longo, já que vamos falar sobre três dress codes que requerem mais algumas considerações do que os informais, mas fiquem comigo que vai valer a pena!

Vamos a isto?

Semiformal
Podendo ser usado em eventos durante o dia e à noite, e com um nível de protocolo entre o informal e o formal, este dress code é tipicamente conservador, pelo que é preciso algum cuidado na escolha tanto das cores como dos cortes.
Os homens devem usar fato completo conjugado com uma camisa elegante e gravata - o colete é opcional. Para a maioria das ocasiões, o fato deve ser escuro; preto ou azul escuro são muitas vezes as melhores opções, apesar de uma cor mais clara ser aceitável para um evento diurno (antes das 18h). Para completar o look, uns elegantes sapatos de pele, por exemplo, Oxford, com meias altas escuras.




De acordo com as definições mais rígidas, as mulheres devem usar sempre vestidos, mas hoje em dia já se aceitam variações a esta obrigação, como fatos de calças ou saia em tecidos mais delicados, como a seda, veludo ou caxemira. Os jumpsuits também podem ser uma opção, desde que obedeçam aos mesmos critérios dos fatos e sejam devidamente complementados com acessórios. Em termos de cores, as restrições são poucas, sendo que cores escuras, como o preto, são preferíveis para eventos nocturnos.
As senhoras devem evitar mostrar muita perna ou decote e, por isso, a bainha dos vestidos e das saias não deve terminar mais do que 2,5 cm acima do joelho. Saias compridas conjugadas com tops vistosos (e pouco reveladores) podem ser apropriadas, mas um vestido longo pode ser muito formal para a maioria dos eventos, incluindo a maioria dos casamentos. Os pés devem exibir sapatos de salto alto em cores coordenadas com a roupa (não, não têm de ser da mesma cor... basta que criem um conjunto agradável aos olhos!) ou sabrinas elegantes.





Black Tie
Este é um dress code decorrente das convenções de traje britânicas e americanas do século XIX. Usado apenas em eventos nocturnos e funções sociais com início após as 18h, este dress code é menos formal que o white tie (já lá vamos!), mas mais formal do que o casual ou business casual.
No caso dos homens, este dress code traduz-se em smoking conjugado com camisa branca e botões de punho, laço preto, faixa ou colete preto e sapatos pretos (normalmente de verniz). Uma vez que os smokings não permitem o uso de cinto, os homens podem usar, caso necessitem, suspensórios pretos para garantir um bom ajuste das calças.




Para as mulheres, o tradicional é usar vestidos longos, mas actualmente podem ser feitas excepções.
Se as senhoras não possuírem um vestido longo e não quiserem comprar um para uma única ocasião, é perfeitamente aceitável usar um vestido de cocktail que já têm no armário. No entanto, este tem de ser em cores ricas, como o preto, tons de jóia, metálicos elegantes ou castanho, de modo a não parecer muito casual. Se optarem por vestido longo, o tom pode ser mais claro, uma vez que a silhueta já é, por si só, elegante. Os sapatos devem ser de salto alto e fechados ou peep toe.






White Tie
É o mais formal dress code nocturno na moda ocidental e é usado em ocasiões cerimoniais, como jantares de Estado, em alguns países, bailes muito formais e casamentos à noite. Sendo um dress code nocturno, é tradicionalmente considerado correcto somente após as 18h embora possa ser permitido em qualquer momento após o anoitecer, mesmo que isso signifique antes das 18h.
Para os homens, isto significa usar o fato de "pinguim" completo: fraque, camisa branca em piqué com colarinho de asa e frente rígida, botões de punho, laço branco, colete branco, calças e sapatos de verniz.




As mulheres devem usar vestidos longos, e aqui não há excepções. Idealmente, não deve ser apenas um vestido, mas um vestido estruturado, com os braços descobertos e decote exposto, permitindo usar (de forma opcional) luvas compridas. Em ocasiões como bailes formais, são aceites vestidos com saias volumosas, os ball gowns. Tal como no black tie, os sapatos devem ser de salto alto mas, neste caso, os dedos não devem aparecer.




Como vêem, roupa para um evento formal não tem de significar roupa que faz bocejar... hoje em dia, os tecidos e as aplicações ajudam a conferir à roupa alguma dimensão e criatividade! É certo que para os homens as opções são menos, mas actualmente já existem algumas variações aos dress codes que permitem apostar em cores diferentes e texturas para tornar as peças mais interessantes!

E pronto! Agora já não há desculpas para não se apresentarem como deve ser nos eventos da vossa vida! Na dúvida, consultem este pequeno compêndio ou perguntem... o nosso mail está ali na barra lateral!


Imagens via:
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upscalehype.com
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vogue.com
theprettypersuasion.com


Helena

segunda-feira, 30 de março de 2015

Primavera = Arrumações

Calma, não se preocupem que não me vou pôr aqui a falar de Feng-shui e organização dos armários da sala. Exacto..acertaram...vou falar-vos de roupeiros.

Uma das memorias que tenho da minha infância está ligada à arrumação das nossas roupas: quando a minha mãe tirava um dia inteirinho para arrumar o armário era sinal de que algo estava a mudar! :)

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Com a chegada do bom tempo começamos a querer usar a roupa que durante uns largos meses esteve em caixas ou numa outra parte do armário e por isso podemos usar esta altura para organizar, arrumar e descartar algumas peças. Cá em casa funciona assim:
  1. Se não vesti esta estação vai para o monte da roupa para dar - sim, eu dou a roupa que não usei a não ser que seja uma peça que eu ache que vai usar-se daqui a algum tempo, mas em regra, dou.
  2. Manter no armário a maioria dos vestidos - Eu não uso roupa de malha muito grossa, portanto a maioria dos vestidos que uso no Inverno passam para o Verão, excepto, claro, aqueles MESMO fininhos com flores e rendinhas de Verão que não me aquecem no Inverno.
  3. Casacos de algodão (aqueles básicos de botões) vivem todo o ano no armário 
  4. Tshirts que tenho todo o ano na gaveta, nestas alturas podem ter três destinos - usei e está em bom estado? Permanece na gaveta; usei pouco mas ainda está em bom estado? vai para o monte de roupa que serve para o ginásio; não usei? Monte para dar.
  5. Experimento as calças todas para ver se me servem ou não - tenho (alguns) pares e normalmente nos saldos aproveito para retocar o stock, portanto nesta altura existem sempre alguns pares que podem ser "dispensados" ou transformados em calções.
  6. Verifico se todas as camisas brancas estão em bom estado - manchas, botões, etc.
  7. Os sobretudos vão todos fazer uma visita à lavandaria, bem como os corta-vento e blazers; os abrigos normalmente estão num outro armário e  sempre à mão de semear porque nunca sabemos o que o São Pedro nos reserva, nem quando o "mais-que-tudo" se lembra de organizar uma viagem à Sibéria - por via das dúvidas, sempre prevenidas.
  8. Quanto ao calçado. as botas são limpas e arrumadas em caixas - devemos colocar papel dentro das botas de cano alto para ficarem sem marcas, de um ano para o outro. De resto, passo as sandálias para um lugar mais próximo e mantenho as sapatilhas. As sabrinas também estão ao alcance o ano todo, já que uso as mesmas seja Inverno ou Verão.
Confesso que cada vez tenho menos roupa especifica de uma determinada estação.

Nestas alturas também aproveito para arrumar roupa interior e meias - depois segue-se um passeio à Primark para renovação de stock ;)

Para o fim deixo as carteiras. Há uns anos atrás a minha mãe ameaçou-me quando comprei uma carteira: "Mafalda, compras essa mas chegas a casa e dás pelo menos uma". Com o passar do tempo o número de carteiras foi reduzindo drasticamente já que passei comprar de forma inversamente proporcional à que dou, o que tem tornado o ambiente familiar mais calmo.

Vá..agora levantem-se das cadeiras, ponham uma boa música a tocar, abram as janelas e tratem do vosso armário!!!


Deixo-vos uma sugestão de companhia musical!! ;)


Mafalda

sexta-feira, 27 de março de 2015

Cenas de Gaja #1: A história de Um Fio e Eu


Sim, leram bem o título. Aparentemente e apesar de não parecer ainda me dedico a umas quantas actividades femininas e como tal, era imperativo aproveitar a minha vontade em testar qualquer coisa nova.

A Alface já me tinha falado da depilação com um fio e ontem, enquanto cirandava pelo Arrábida Shopping, passei por um Stand da Wink e vai que decidi experimentar.

Confesso que não olhei aos preços, perguntei se tinham disponibilidade, alapei o rabiosque e venha a mim toda uma nova experiência.

Durante os primeiros minutos, a Alexandra (fiquei fã da técnica que me calhou) esteve a explicar-me como eu já tinha destruído as minhas sobrancelhas e perguntando como é que eu tratava delas, se depois de as arranjarem eu ia lá mexer (como é óbvio neguei tudo) e basicamente esteve a explicar-me como é que eu devia ter as sobrancelhas.

Chegamos a acordo, que é como quem diz, deixei-a fazer o que achava melhor e aqui vai disto. Sacou do fio, deu umas voltas nos dedos, prendeu na boca e parecia uma pequena máquina a delinear a sobrancelha.

Não sou muito dada a dor e posso dizer, que pelo menos a mim, o Threading relaxa. Sentimos pontualmente umas pequenas picadas sobretudo na fase em que arrancam a penugem (confere, aparentemente temos pêlos pequenos e fininhos que estão um pouco por toda a sobrancelha e que o fio consegue eliminar).

Depois de qualquer coisa como 15 minutos, com muita conversa pelo meio, uns olhares para o espelho e uma outra comparação entre a sobrancelha esquerda e a direita, a coisa ficou resolvida. Uma das sobrancelhas ainda está descompensada (juro que não fui eu que lhe fiz mal), mas a Alexandra disse-me que num mês ou dois, já vai estar decente.

Como tolerei bastante bem a experiência na sobrancelha fui convencida a testar também no buço. Ainda disse, olhe que eu não tenho nada agoramas a Alexandra disse, "Vanda, temos sempre qualquer coisa". E pronto, contra isto não há argumentos. E foi tudo o que estava lá e ainda a dita penugem: acho que nunca tinha tido a pele assim.

Creme e em menos de meia hora estava despachada.

É barato? Não é. Mas se fizerem o que prometem (o dobro da duração e menor agressividade para a pele uma vez que o fio mal nos toca), ganharam uma cliente.

Os preços e o preçário:

Threading Sobrancelha -€9.50
Threadind Buço - €6.50
Pack Threading (S+B) - €14

Quando lá voltar, comunico.

Homens que nos lêem, mil desculpas. Podem sempre passar às vossas muchachas ou então, utilizarem vocês mesmo, que elas também tratam de senhores: Threading Para Homens.




quinta-feira, 26 de março de 2015

I´m addicted to you!!!!!!

Ai ai..... mais uma vez este blog transforma-se num confessionário "a céu aberto". Esta semana abri o meu porta moedas e concluí que posso estar a desenvolver uma psicose ou qualquer coisa semelhante. Demorei 5 minutos a encontrar o meu bilhete do autocarro e porquê??? Porque em todo o meu porta moedas existem cartões de lojas e porquê???

- "Quer aderir ao cartão da nossa loja que dá desconto aqui e ali e faz isto e aquilo e com jeitinho ainda lhe tira uns finos?"

e eu só pergunto: 

- "Onde assino?"

Sou uma vitima do marketing MAS não sou parva, senão era um ai jesus. Sempre que recebo um email com uma promoção qualquer estudo MUITO bem os benefícios que isso me pode trazer (senhores das lojas, eu sou aquela pessoa que vai a três supermercados para ver onde lhe fica mais económico comprar o detergente da máquina da roupa).

Mas vamos estudar a "coisa" com mais detalhe: 

Cartão fnac - 10% em livros e outras coisas, mas na realidade onde ele é muito usado é na cafetaria - se é para poupar que se comece pelo cafézinho (e o pastel de nata, ÀS VEZES querida nutricionista). AH! E na bilheteira podemos fazer reserva e não pagamos aquela taxa manhosa de 1€.

Cartão Springfield - acumula 1% do total das compras o que parece pouco, mas volta e meia trago uma ou outra coisa por metade do preço porque deixo acumular. Calma, eu não deixo um rim na Springfield de cada vez que lá vou mas, efectivamente as calças de ganga e as sapatilhas são das minhas favoritas. DICA: levar sempre este cartão quando vão com um homem às compras - é sabido que eles compram mais e menos vezes logo, acumula € para vocês.

Cartão Sportzone - Aderi por uma razão (acho que foi o único) - quando comecei a correr precisei de comprar umas sapatilhas e as que eu gostava estavam com 20% em cartão, valor esse que deu para no dia seguinte comprar umas meias de compressão e pagar 2€ ou 3€. Continua na minha carteira porque volta e meia fazem promoções que valem a pena - mais uma vez relembro: compro depois de perceber se o desconto vale mesmo a pena, comparado com outras lojas.

Cartão Women Secret - Tal como o da Springfield, ficamos com "dinheiro da marca" em cartão que podemos ir acumulando e descontar quando dá mais jeito - no meu aniversário recebo sempre um desconto (ou um cheque de um determinado valor que posso descontar).

Cartão IKEA - café (espécie de café, vá) de borla, descontos em alguns produtos e se queremos deixar os miúdos naquele espaço em que eles saem de lá como da 2a guerra mundial temos que ter este cartão.

Cartão Farmácia - este não é aquele geral que dá para as farmácias portuguesas, é um especifico da farmácia que vou aqui em Lisboa. Também acumula uma % em dinheiro e à conta disso no outro dia precisava de um shampoo para fazer um tratamento e paguei apenas 1€.

Cartão Bertrand - é capaz de ser o mais antigo (ainda havia no Via Catarina) - acumula pontos mesmo que só compremos revistas ou jornais.

Tenho ainda cartões de supermercados mas utilizo pouco  porque acabo sempre por fazer compras no mesmo sítio (à excepção dos detergentes, como já disse porque só valem a pena em promoção já que os seus preços são absurdos - façam a conta à dose, sim???).

Ah! Existem ainda lojas que não têm cartão e funcionam só com número de telefone: H3, Jeronymo, Mr. Blue e Body Shop (o mais certo é estar a falhar-me algum mas paciência!!)

Sim, eu podia viver sem todos estes cartões e sem todos os emails e mensagens que me enviam com esta e aquela promoção, mas se posso viver com eles (sempre com cautela) não vejo razão para não o fazer.
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Mafalda



terça-feira, 24 de março de 2015

O que é que nós queremos? FESTA!!! #2: mudanças de planos e um pedido

Lá no início deste nosso cantinho falei-vos de uma festa que estava a organizar... lembram-se? A vontade e os planos eram muitos: juntar os amigos todos, fazer uma festa inesquecível!



Mas... por muito que façamos planos, existem variáveis que não controlamos e nem sempre as coisas correm como nós queremos! Neste caso, um pico inesperado de trabalho veio intrometer-se e roubar-me tempo e quando dei por mim estávamos (estamos) a duas semanas do acontecimento! Eu sei que em duas semanas é possível fazer muita coisa, mas não na dimensão que tinha idealizado e por isso tive de pôr o meu sentido prático a trabalhar e, como boa organizadora de eventos que espero vir a ser, pensar imediatamente num plano B.

E em que consiste o plano B? Primeiro, reduzir a lista de convidados apenas aos mais chegados. E, acreditem, já não são poucos! Segundo, adequar o tipo e horário da festa aos convidados. Ora, a maior parte dos meus amigos já iniciou a produção de herdeiros e, por isso, festas à noite são complicadas por causas dos horários (banho, jantar, dormir...). Então, aqui a birthday girl to be chegou à conclusão que o melhor é juntar o pessoal para um almoço seguido de um passeio para desgastar as calorias ingeridas, se a meteorologia assim o permitir.

O replaneamento corria muito bem até ter de escolher um sítio para albergar o dito almoço! Sabem aquela situação em que conhecem ou já ouviram falar de muitos restaurantes e quando precisam de escolher um, nunca se lembram de nenhum? Pois, é exactamente o que me está a acontecer!

E é aqui que entra o pedido que eu tenho para vos fazer!

Preciso de sugestões de restaurantes onde caibam 34 pessoas (e sim, são SÓ os amigos mais chegados) e onde a comida não faça lembrar os jantares da faculdade.

Quem me pode ajudar?

Helena

segunda-feira, 23 de março de 2015

The girl in ballerinas #1

Sou alta...não me lembro de ver o mundo abaixo do 3º andar ;)

Nunca tive calçado de salto alto (excluindo os sapatos do traje) e por isso no meu armário vivem pares e pares de sapatilhas, pares e pares de sabrinas e uns sapatos estilo "oxford" - muito variado (ler com tom irónico).
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Para trabalhar felizmente posso usar sapatilhas, portanto para os dias de folga (e de festa) posso escolher as sabrinas que quiser: com ou sem ornamentos, com muita cor ou as mais simples. Sempre que preciso de um par novo recorro a duas lojas: Zara e Parfois



Zara.pt

Parfois.pt



Havendo maior poder de compra tenho duas marcas de eleição: Josefinas (uma marca portuguesa, concerteza) e Pretty Ballerinas (à venda no El Corte Inglés); são duas boas marcas, de grande qualidade e variedade. Vale a pena espreitar e deliciarem-se com as cores e modelos!

Tenham sempre em atenção que as sabrinas podem tornar-se muito rapidamente em inimigas, se coordenadas de forma errada:

  • pessoas muito baixas não devem usar este tipo de calçado com saias midi já que vai deixa-las ainda mais "curtas";
  • calças à boca de sino e sabrinas não costumam combinar;
  • tenham em atenção o facto de serem curtas na frente e se ver o espaço entre os dedos - é feio!!!
  • e sim...pode usar-se sabrinas em cerimónias.... Eu uso! mas isto fica para um próximo post!



Mafalda


sexta-feira, 20 de março de 2015

A Outra: Uma perspectiva diferente sobre a moda

Num dos meus posts anteriores falei da minha primeira incursão no mundo do desporto acompanhada por um PT. Com o desporto e o comer bem, as mudanças no meu corpo foram inevitáveis mas em vez de ir gastar umas centenas de euros em roupa decidi que só compraria roupa numa fase mais avançada dos treinos, quase como se fosse mais um factor de motivação. (Ainda bem que não o fiz na altura.. porque como deixei de treinar agora ia encostar bastante roupa.. mas hey, tudo vai mudar de novo :P)

Para além disso.. eu sou uma coleccionadora e tinha roupa com décadas guardada no meu armário que seria útil recuperar para superar esta fase sem compras. Não esquecendo ainda que tenho amigas doidas por roupa e entendidas em Moda e que acharam um piadão a entrar no meu armário e partir-me o coração.

Vamos então recordar o que passou nesse ano passado..

Eu convidei as miúdas, comprei um lambrusco e disse.. pronto, ajudem-me lá a vestir. Mas elas não vinham só com uma pequena ideia.. elas tinham todo um plano para delapidar o meu armário.

(A prova que eu dei Lambrusco....)


Elas chegaram de mansinho e ofereceram-me uma prenda.. as imagens com que iam votar na minha roupa!


E foi aí que eu percebi que ia começar a luta. Elas entraram pelo meu armário dentro prontas a delapidar a minha roupa. Obrigaram-me a experimentar toda, eu vou repetir, T-O-D-A, a minha roupa para decidir o que eu podia usar, o que já não estava em condições, o que era horrível, o que nunca devia ter sido comprado, as peças "oh-meu-deus-porque-é-que-tu-nunca-usaste-isto" e uma panóplia de outras categorias.

(elas em acção)



(elas a gozar comigo)

Em resumo, foram mais de cinco horas em que eu vesti toda a minha roupa, lutei para ficar com algumas (perdi todas as vezes) e ainda tinha um chapéu da vergonha para quando lutava para ficar com qualquer coisa que enquadrava na classe "horrível".

Contas feitas, eis o monte de roupa que foi banido do meu armário:





Moral da História: Se tiverem pouco espaço, a Helena e a Mafalda são prós em deitar metade da vossa roupa fora. 

P.S. Tenho só de lhes dar o crédito, que fizeram magia e conseguiram que eu, sem muito trabalho e sem sair muito do eu estilo, andasse bastante apresentável!


quinta-feira, 19 de março de 2015

Volta cycle, estás perdoado!

Sou uma pessoa descoordenada por natureza e por isso quando vou ao ginásio só faço aulas de "dança" em último caso.

Dia 14 de Março foi dia de apresentação de novas coreografias, no Holmes Place das Amoreiras sob o tema Anos 80. A lista de aulas era tentadora: Spartans, Cycle, Zumba, uma com trampolins, MIB (a pior de todas), X-Celerate. Ainda não experimentei todas as aulas e estava mortinha por experimentar Spartans (uma espécie de crossfit) - pensei que seria o dia ideal para o fazer, já que era "dia aberto" e a aula estaria cheia de gente nova logo a figura triste podia não estar centrada em mim.

Sábado de manhã lá fui cheia de vida a pensar que iria voltar aos bons velhos tempos e eis que quando dou o meu nome na recepção a rapariga me diz: 

- Olá Mafalda, tenho pena mas não vai haver Spartans!

Devo ter feito mesmo má cara, porque logo de seguida vem outra recepcionista, muito rápido:

- AH, mas à mesma hora tem uma aula de X-Celerate

Aceitei sem pensar! 

Não sei como vos vou explicar o que aconteceu nos 50 minutos seguintes: primeiro menti à descarada! Sabem quando o professor pergunta "Há alguém pela primeira vez?" eu não levantei o braço, porque levantou apenas uma senhora. Logo depois o meu chão desabou quando  isto porque quando começa a explicar em que consiste a aula, de uma série de palavras proferidas pelo professor eu filtrei apenas uma AERÓBICA! Ele falou falou falou e eu só ouvia um eco dentro da minha cabeça a-e-r-ó-b-i-c-a. 



Não tinha como fugir: estava na primeira fila (não perguntem como fui lá parar porque não sei), o professor já me conhece e eu não tinha desculpa para sair dali nem a correr nem sem ser a correr, porque ia dar nas vistas. Lá começou a aula. Confesso que tive em nível de concentração máximo e fiz um esforço GIGANTE para não me "esbardalhar" (já referi que havia um senhor a filmar e a fotografar??). 

Quem me conhece sabe que sou péssima na dança, que nasci com dois pés esquerdos, que a esquerda e a direita são inimigas e quando me pedem para coordenar movimentos de "salto" em quadrado pode ser histórico...ou catastrófico! Andei para lá aos saltos, a tentar "levantar os joelhos mais alto" a "rodar os braços para um lado e e as pernas para o outro", saltar em modo "pónei" (pf, não perguntem!!) e toda uma série de movimentos que nem sequer me consigo lembrar!

Para terem uma ideia esta aula é uma mistura de Zumba (sem música brasileira nem "bundas" a abanar), step (sem o step), localizada (andei lá no chão a "fazer" flexões) e sei lá mais o quê!! AH! sabem aquela aula que tem um trampolim que por razões anatómicas (e de coordenação) eu nem em dias abertos experimento? Também tem um nadinha dessa aula!

No final saí em pontas!! Estou a brincar... saí com mau aspecto, como saio sempre das aulas em que faço "à séria"; correu tudo bem, não parti nenhum membro, nem feri os vizinhos.

Se vou voltar? É o mais certo! É uma das melhores e mais completas aulas de cárdio que já fiz!

O que devia ter acontecido nesta aula resume-se neste video.

O que realmente aconteceu? Espero que o senhor tenha perdido a câmara!

Mafalda


terça-feira, 17 de março de 2015

A arte de bem vestir #1: casual não significa desleixado

Quando fiz o curso de organização e gestão de eventos, o módulo que eu mais gostei foi o módulo relacionado com protocolo. Do protocolo em situações profissionais a questões de etiqueta à mesa, abordámos um pouco de tudo, mas aquilo que mais me interessou foi o protocolo na forma de vestir, ou o dress code, como agora lhe chamamos por cá!

Foi aí que eu validei a opinião que já tinha há muito tempo: a maioria das pessoas não sabe como se deve apresentar ao mundo em diferentes situações. E se há eventos (poucos) onde o dress code é claramente indicado aos convidados, não é muito frequente recebermos convites que nos ajudem na hora de escolher o que vestir.

A pensar nisso, e porque com a chegada do bom tempo começamos a ter mais convites para diferentes eventos, resolvi construir um pequeno "guia" do que devemos vestir quando o convite não é claro nesse ponto, tendo em conta o tipo de evento e a hora do dia.

Casual
Como o próprio nome indica, este é um dress code casual, descontraído, que é apropriado para eventos informais realizados durante o dia. Os homens devem usar calças de sarja ou jeans escuros de boa qualidade e sem rasgões, conjugados com t-shirts lisas (sem slogans ou desenhos), pólos, camisas casuais e/ou camisolas de malha. Nos pés, loafers (versão moderna para mocassins) ou sapatilhas (com ou sem meias).




Para as senhoras aplicam-se as mesmas regras dos homens, com algumas variantes: vestidos informais e saias curtas ou compridas são boas alternativas para quem não gosta de calças e blusas de tecidos leves podem substituir as t-shirts e as camisas. No calçado, a alternativa pode passar por um bonito par de sabrinas.





Business Casual
Este é um dress code apropriado para eventos profissionais, ou até mesmo para o dia-a-dia, caso a profissão assim o exija. Não existe um acordo sobre a definição de "business casual", pois depende de vários factores, incluindo o sector e dimensão da empresa, se existe ou não interacção entre funcionários e clientes, o clima, etc.
Contudo, associa-se a este dress code um look elegante sem a necessidade de usar fato inteiro, ou seja, os homens devem usar blazers com calças de sarja (de cores diferentes), combinados com camisas ou pólos e loafers ou Oxford shoes com meias. Podem usar gravata, mas esta é opcional.




As senhoras podem usar saias pelo joelho ou calças de sarja ou outros tecidos conjugadas com camisas, blusas ou camisolas de malha com decotes pouco profundos (e nada de alças finas!). Em alternativa, podem usar vestidos que reúnam todas as características anteriores. Nos pés, sabrinas elegantes, sapatos de tacão médio ou (para as mais arrojadas) uns Oxford shoes.


 


Resumindo, um dress code casual não é sinónimo de desleixo na hora de vestir... muito pelo contrário! Podemos estar elegantes em qualquer situação sem abdicar do conforto e a prova está nos exemplos que vos mostrei.

Para além dos eventos (mais) informais, existem também aqueles onde o nível de protocolo já é maior, mas esses serão matéria para outro artigo, que este já vai longo!


Imagens via pinterest.com